sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Aprenda Rubinho
Ayrton Senna da Silva[1] (São Paulo, 21 de março de 1960 – Bolonha, Itália, 1 de maio de 1994) foi um piloto brasileiro de Fórmula 1, três vezes campeão mundial, nos anos de 1988, 1990 e 1991. Foi também vice-campeão no controverso campeonato de 1989 e em 1993. Morreu em acidente no Autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Ímola, durante o Grande Prêmio de San Marino de 1994.
Seu excelente desempenho nas fórmulas anteriores (especialmente na Fórmula 3 inglesa em 1983) o levou a estrear na Fórmula 1 no Grande Prêmio do Brasil de 1984 pela equipe Toleman-Hart. Logo na sua primeira temporada na categoria máxima, Senna demonstrou rapidamente um talento excepcional levando a pequena equipe inglesa à exaustão e a obter resultados jamais alcançados. É considerado um dos maiores nomes do esporte brasileiro e um dos maiores pilotos da história do automobilismo.
Ayrton Senna ganhou seu primeiro kart, um presente que deveria ter sido dado à sua irmã Viviane, que rejeitara o presente, aos três anos de idade. Era um pequeno kart, com um motor de Cortador de Grama de 1hp. Sobre o presente, Senna disse que "até então era uma brincadeira, e eu gostei da brincadeira", o que chamou de "seu primeiro contato com o esporte". Ayrton Senna era canhoto.[4] Na juventude correu de kart, foi campeão da Fórmula 3 britânica e fez sua estreia na Fórmula 1 em 1984, com um carro da equipe Toleman. Passou para a Lotus em 1985 e ganhou seis corridas durante três temporadas. Em 1988 se juntou ao francês Alain Prost, na McLaren, e ganhou seu primeiro campeonato mundial de Fórmula 1. Também com Alan Prost, protagonizou uma das maiores rivalidades da Fórmula 1. Senna foi campeão mais duas vezes, em 1990 e 1991, sendo a de 1990 decidida de uma forma bastante controversa devido a uma colisão com Prost.
Nos dois anos seguintes com a McLaren, apesar de dirigir um carro inferior, Senna ainda venceu oito corridas e terminou o ano de 1993 como vice-campeão. Em 1994 saiu da McLaren e foi para a então dominante equipe Williams-Renault, onde encerrou sua carreira num trágico acidente na sétima volta do GP de San Marino, disputado no Autódromo Enzo e Dino Ferrari, e que foi testemunhado ao vivo por milhões de fãs em todo o mundo.
Senna esteve próximo de vencer o GP de Mônaco de 1984, sua temporada de estréia, e dirigindo um carro inferior. Sua primeira vitória viria no GP de Portugal, sendo que os dois GPs foram disputados sob fortes chuvas.[5] Detém o recorde de voltas rápidas (19), além de 65 pole-positions e 41 vitórias em 161 corridas. O seu recorde de seis vitórias no GP de Mônaco e seu primeiro título mundial em 1988 no GP do Japão são bons exemplos de sua performance.
Dedicado e competitivo ao extremo,[6]ele afirmava sempre que não se contentava em ser o segundo melhor, mesmo que isso significasse o fim da corrida para ele. O seu companheiro de Williams, Damon Hill, sugeriu que Senna "prefere bater no seu oponente do que ser derrotado". Cruzou algumas vezes a linha do fairplay, sendo a sua mais famosa atitude na última prova de 1990, o GP do Japão. Na pole position, Senna, que ate entao liderava o campeonato mundial, deliberadamente não deixou que o rival Alain Prost (então segundo colocado no campeonato) o ultrapassasse na primeira curva da corrida. Ambos os carros se tocaram e saíram rodando para a caixa de brita; a saída de Prost garantia o título a Senna, o que se confirmou em duas ou três voltas após a decisão da direção de prova em não interromper a corrida. Este acidente Japão foi considerada por muitos uma revanche do ano anterior em que Prost, desta vez em primeiro lugar no campeonato, fez a mesma coisa com Senna que precisava vencer a corrida para ter alguma chance no mundial. A colisão tirou Prost da corrida e Senna conseguiu continuar, mas foi desclassificado por cortar caminho numa chicane. Essa manobra deu a Prost o título mundial de 1989. Em 1991 também no Japão Senna conquistou seu terceiro campeonato mundial com o segundo lugar na prova. Na entrevista com os três primeiros colocados declarou que 1990 havia sido uma final triste para o campeonato e que sua decisão de não deixar Prost ultrapassá-lo na primeira curva devia-se ao fato da direção de prova ter se recusado a alterar a pole position do lado de dentro da pista para o lado de fora. Em sua visão a pole position (que havia sido conquistada por ele em 1990 no Japão) possuia uma desvantagem por estar do lado sujo da pista, o que o teria feito perder a primeira posição para Prost logo após a largada.
Também é notável a dualidade de seu caráter. Esse desejo intenso de vencer na pista fazia grande contraste com sua personalidade humana e compassiva. Como um homem profundamente religioso, usou parte de sua fortuna para criar o Instituto Ayrton Senna com o propósito de ajudar os jovens pobres do Brasil e no mundo. Senna vivia sempre muito preocupado com o potencial perigo desse esporte e sempre lutou junto aos organizadores e pilotos para melhorar a segurança nas pistas.[7]
GP de Mônaco 6 vezes (1987, 1989, 1990, 1991, 1992, 1993)
GP da Bélgica 5 vezes (1985, 1988, 1989, 1990, 1991)
GP dos EUA 5 vezes (1986, 1987, 1988, 1990, 1991)
GP da Hungria 3 vezes (1988, 1991, 1992)
GP de San Marino 3 vezes (1988, 1989, 1991)
GP da Alemanha 3 vezes (1988, 1989, 1990)
GP da Austrália 2 vezes (1991, 1993)
GP do Brasil 2 vezes (1991, 1993)
GP do Japão 2 vezes (1988, 1993)
GP da Itália 2 vezes (1990, 1992)
GP do Canadá 2 vezes (1988, 1990)
GP da Espanha 2 vezes (1986, 1989)
GP da Europa 1 vez (1993)
GP do México 1 vez (1989)
GP da Inglaterra 1 vez (1988)
GP de Portugal 1 vez (1985)
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