Não acredito que está acontecendo tudo de novo.”
Stu é o noivo da vez. Prestes a se casar, ele viaja com seus padrinhos Phil, Doug e Alan para a Tailândia, aonde irá se casar. Sabendo do que aconteceu anos atrás, Stu veta a despedida de solteiro. Mas isso não impede que, sem saber como, eles acordem novamente num quarto sem ter a menor ideia de como pararam ali.
Pronto, a base para a trama desenrolar está preparada. Assim como no primeiro filme. E é justamente aí que reside a maior fraqueza dessa continuação: ser praticamente igual ao seu antecessor. A estrutura de toda a jornada em busca das memórias perdidas seguem literalmente os mesmos passos do primeiro filme. O espectador quer mais do primeiro? Tudo bem, ele quer. Mas também queria que trouxesse aquela inovação que o primeiro também apresentou. As situações inesperadas, o nonsense em determinados diálogos. Ao pegar uma história já conhecida e estruturar toda a continuação em cima daquilo, sem acrescentar nada, o filme se torna repetitivo e o pior, previsível.
A fotografia de Bangcoc é toda levada em tons pastel, em tons amarelos, que a torna muito menos glamorosa e engraçada que uma Las Vegas e muito mais violenta e desconfortante. E isso é refletido em cenas com violência e sangue. As tomadas abertas da capital mostram uma cidade grandiosa e confusa, cheia de pessoas, mas nunca remete às confusões que se pode causar por causa de uma noite de bebedeira. Ela mais oprime os personagens do que os enaltece.
As piadas, os momentos engraçados do filme. Eles funcionam? Não vou negar, funcionam e fazem rir. Mas tirando um ou outro momento, tudo que é engraçado, novamente, só é engraçado porque remete ao primeiro filme. Durante os 15, 20 minutos iniciais todas as piadas ditas e que aparecem em tela só funcionam porque o espectador lembra-se do que aconteceu na aventura anterior e, por conta disso, provoca o riso. As situações engraçadas aqui vão surgindo em partes, como se uma não estivesse se conectando com a outra. A cena em que Stu descobre o que fez na noite anterior é digna de altos risos, mas novamente, está lá para provocar riso, não para dar continuidade na trama. E outro ponto negativo nesse filme: ele tem que recorrer mais de uma vez, a piadas envolvendo órgãos genitais, algo que se tornou corriqueiro e mais um artificio para provocar um riso fácil.
Tanto é que, em diversas cenas do filme, a piada só funciona por conta das atuações do trio principal. A situação em si não provoca o riso, mas sim a cara altamente caricata e exagerada do personagem. Ed Helms (Stu) e Zach Galifianakis (Alan) fazem isso ao longo da trama. Zach, aliás, está menos engraçado. Ainda é engraçado, suas cenas são engraçadas, mas em diversos momentos a risada surge por conta da pena sentida do que pela falta de tato do personagem.
Se Beber, Não Case! Parte 2 tem suas cenas que funcionam e causam risada. Porém se omite de tentar algo mais inovador e interessante e segue por algo mais seguro e fácil. Seguro ao ponto de torná-lo mediano.
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